domingo, 20 de fevereiro de 2011

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Eu sou assim...Duas mulheres dentro de mim...Às vezes três...Quatro...Cinco...Seis...Talvez seja uma por mês. Diversifico-me. Existem momentos em que dou um grito. Existem outros em que vivo um conflito, apresento ao mundo a minha dor. Noutros momentos, só consigo falar de amor! A mais romântica, melodramática, imóvel, chorosa ou nervosa. Carente ou decadente, vingativa ou inconsequente. É nestes momentos em que eu não me apercebo e transformo-me numa mulher cheia de medo, cheia de reservas, coberta de subtilezas, séria e sem defesas. No minuto seguinte, no papel de mulher fatal, transformo-me logo na tal, e nesses momentos sou a dona do mundo, segura e destemida, presunçosa e atrevida.
Rasgo todos os meus segredos ao meio e exponho-me num letreiro de poesia ou texto, assalto, incendeio...
Conto o que ninguém tem coragem de contar, explico detalhes que nem é bom lembrar.
Sou assim, várias de mim.
Sorrisos por fora, angústias a toda hora.Por dentro um tormento. No rosto nem um único sofrimento, no corpo uma explosão de prazer. Nos olhos, deixo o meu desejo se perceber, o melhor é ninguém me conhecer. Fiquem apenas com as minhas letras, com as minhas palavras... Na vida real sou muito mais complicada!

Sou uma em mil e quem tentou, descobriu que viver ao meu lado é viver dentro de um campo minado que vai explodir em qualquer momento, mas quem esteve nele nunca mais quis fugir, e ainda hoje se cá encontra.
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