Ano novo, vida nova.
Começaria por escrever aqui mil coisas, mas não me apetece, ou então até me apetece.
Vamos ver...
Tinhamos muito que aprender ainda, e ensinar um ao outro, se a distancia não se transformasse em orgulho e as portas não se fechassem com os mal-entendidos.
Podias ter-me ensinado a viver com os pés na terra, e eu ensinava-te a voar; tu explicavas-me como é que aprendeste a proteger o coração e eu explicava-te como é que o podes abrir sem o perder. Tu mostravas-me todas as vezes em que fui exajerada e eu contava-te todas as vezes em que foste condescendente e pouco sincero. Tu demonstravas-me como o planeta se pode salvar com energias alternativas e eu explicava-te como é que o Gabriel Garcia Marquês conseguiu enviar o manuscrito de Cem Anos de Solidão , quando nem dinheiro para os selos tinha. Tu mostravas-me novas constelações, e eu dava-te uma noite de Lua-Cheia diferente de todas as que já tiveste.
Quando me perguntam porque é que gosto ou gostei tanto de ti, nunca falo da tua beleza clássica, da tua inteligência cartesiana, da tua delicadeza rara, do teu cuidado e atenção quando gostas de uma mulher.
Também não falo dos teus defeitos, que conheço melhor do que pensas, porque o que sinto por ti está acima de todas as tuas virtudes e de todas as tuas falhas. No seminário imaginário, sei que a maior lição é aceitar-te como és e mostrar-te que apenas te quero ver feliz, mesmo sem ser ao meu lado, que é afinal, tudo o que também queres para mim.
Por isso, quando estiveres tempo e vontade, marca uma data que encaixe na tua agenda e vem falar comigo, das nossas diferenças, porque talvez elas nos aproximem mais do que alguma vez pensaámos e juntos possamos escrever um manual de instrucções.
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